quinta-feira, 18 de março de 2010

A Geração Y e o aprendizado de idiomas

A chamada geração Y, que compreende os nascidos a partir de 1980, trouxe a questão da conectividade, da interatividade e do imediatismo para todos os processos e relações organizacionais


Os nascidos nesse período dominam diversas disciplinas e ferramentas de comunicação. Com relação ao quesito idiomas, o contato com línguas estrangeiras, principalmente por conta da Internet, é maior, o que facilita o aprendizado. Para este público, falar inglês não é mais um diferencial, é algo que já faz parte do dia-a-dia. No entanto, assim como no português, o uso contínuo de abreviações nas conversas via os meios eletrônicos e a necessidade de se comunicar cada vez mais rápido podem comprometer o aprendizado da técnica e de normas gramaticais.

Atualmente, percebemos que há uma tendência de os jovens darem mais ênfase à rapidez do discurso que à composição de estruturas gramaticais impecáveis. Claro que a fluência é essencial para que a mensagem enviada ao interlocutor seja compreendida. Porém, se pretendemos que a comunicação seja de fato eficiente, é necessário que a gramática também esteja de acordo com os padrões do idioma falado.

Os jovens profissionais são menos desinibidos para falar inglês, não têm tanto medo de se expor, a fluência é maior e, muitas vezes, já houve contato com estrangeiros, seja no Brasil ou no exterior. Por outro lado, há maior informalidade, o que, ao avaliar a produção escrita, pode ser um ponto negativo frente à geração anterior.

Outro aspecto que pode contribuir para esse contexto é o fato de o ensino de línguas para a geração Y já ocorrer com métodos de aprendizagem menos tradicionais e conservadores. Por ser mais “inquieta” e buscar novas formas de aprender línguas estrangeiras, principalmente de forma rápida e com soluções imediatas, essa geração pode se cansar rapidamente das aulas, partindo para novas formas de estudo.

Grande parte desses jovens não se contenta somente com o aprendizado do inglês. É comum vermos jovens estudando dois, três ou até mais idiomas estrangeiros.

No entanto, embora sejam inúmeras as vantagens de aprendizado desses profissionais, existe a tendência de alguns jovens acharem que já têm o conhecimento necessário antes da hora.

Para ilustrar esse comportamento, um bom exemplo está na conjugação de verbos no presente. Embora muitas vezes acreditem não ser necessário rever o tema, a grande maioria dos integrantes dessa geração ainda não o utiliza corretamente. Nesse caso, esse profissional pode encarar a revisão como perda de tempo e continuar com dificuldades em uma estrutura básica do inglês.

Claro que não queremos correr o risco de generalizar essa tendência. Obviamente, há profissionais que dão tanta importância à gramática quanto à pronúncia e à fluência. No entanto, o que destacamos nessa análise é o comportamento da maioria dos indivíduos da Geração Y.

Atualmente, sabemos que para ter sucesso na carreira ou mesmo para conseguir um emprego, já que as entrevistas em inglês são cada vez mais requisitadas, o inglês correto é fundamental. Portanto, dedicar-se ao estudo do idioma em sua totalidade, tanto no aspecto da fluência quanto no da gramática, pode ser um diferencial na escalada para o sucesso profissional.

*Paula Faria é gerente de Novos Negócios da Companhia de Idiomas, empresa especializada no atendimento corporativo e ensino personalizado in-company

Fonte:
http://www.administradores.com.br/informe-se/informativo/a-geracao-y-e-o-aprendizado-de-idiomas/28322/

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