segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Cursos de idiomas investem no mercado corporativo

RIO - A necessidade de constantes reciclagens na carreira é quase uma obrigação para quem pretende não só garantir o emprego, mas alçar voos mais altos. Mas nem sempre manter-se atualizado quer dizer necessariamente estar em dia com uma língua estrangeira. Não são poucos os executivos que precisam passar por uma revisão – em alguns casos aprender mesmo – o idioma para poder continuar no cargo. Para atender a este tipo de emergência, a saída é buscar cursos de idioma que, muitas vezes, não atendem às necessidades ou não oferecem o suporte necessário para quem precisa falar ou negociar no exterior.

De olho neste segmento, os centros de idiomas se adaptaram à nova realidade, capacitando professores para o ensino não só do idioma, mas também nos termos técnicos de inúmeras profissões.

– Quando era estudante, fiz vários cursos de inglês e, por mais que me esforçasse, não conseguia dominar o idioma, já que todos eram formatados e repetitivos. Só quando fiz o curso de Letras, realmente aprendi. A partir desta e outras experiências montei um curso que tivesse um diferencial, levando para o aluno a sua realidade, fosse um engenheiro ou executivo – explica Nélio Georgini, diretor do ER e mestre em Linguística.

Perfil

A maioria destes alunos atua em estatais, bancos, setor de gás e petróleo e multinacionais, possuindo conhecimento intermediário de um idioma, a maior parte fala inglês, e precisa da língua para reuniões ou mesmo recolocação.

– Antes de fazer o curso, procuramos conhecer mais a pessoa e suas necessidades. Até porque mais do que falar um idioma, nós ensinamos o aluno a argumentar, o que dá a ele maior liberdade e segurança para se comunicar numa reunião de negócios ou na apresentação de um projeto – diz.

Gerente de Marketing da Shell, Ana Paula Guimarães já tinha feito dois cursos de inglês e não se sentia à vontade para se expressar

– Era formada em inglês e não me sentia fluente nem capaz de me expressar com a mesma facilidade que em português. Quis um curso que me ajudasse a usar um conhecimento que já tinha para me comunicar com mais facilidade. Neste ponto, me ajudou, pois aos poucos desenvolvi um raciocínio em inglês – revela.

Outro curso especializado é o Plan, que além de atender a executivos de vários setores, atua também na área jurídica. Segundo a professora Tânia Jakimoska, os professores além de dominarem o idioma possuem conhecimento de Direito, justamente para situar o aluno em sua realidade.

O advogado Pedro Amaral mesmo tendo estudo nos Estados Unidos e com mestrado e doutorado na França, recorreu a um curso para ajudá-lo a redigir documentos.

– Embora domine o inglês, o curso foi importante para me situar no contexto profissional daquele país. Muitas vezes o termo em português não existe um correspondente em outro idioma. Quando trabalhamos em um escritório que atende a clientes do exterior é importante ter o completo conhecimento do idioma – conclui.

Fonte: http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/12/07/e07125105.asp

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