segunda-feira, 23 de março de 2009
A idade e o aprendizado de línguas
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CONCLUSÕES:
Linguagem é um elemento de relacionamento humano e todos desenvolvem proficiência em línguas estrangeiras mais através de acquisition (desenvolvimento de habilidades através de assimilação natural, intuitiva, inconsciente, em ambientes de interação humana) do que de learning (estudo formal - memorizar informações e transformá-las em conhecimento através de esforço intelectual), especialmente crianças. Portanto, línguas não podem ser ensinadas, mas serão aprendidas se houver o ambiente apropriado.Crianças assimilam línguas com mais facilidade, porém têm grande resistência ao aprendizado formal, artificial e dirigido. As crianças, mais do que os adultos, precisam e se beneficiam de contato humano para desenvolver suas habilidades lingüísticas. Entretanto, se perceberem que a pessoa que deles se aproxima fala a língua materna, dificilmente se submeterão à difícil e frustrante artificialidade de usar outro meio de comunicação. Elas só procuram assimilar e fazer uso da língua estrangeira em situações de autêntica necessidade, desenvolvendo sua habilidade e construindo seu próprio aprendizado a partir de situações reais de interação em ambiente da língua e da cultura estrangeira. Portanto, a autenticidade do ambiente, principalmente na pessoa do facilitador, é mais importante do que o caráter das atividades (lúdicas ou não), e ambos são mais importantes do que qualquer planificação didática predeterminada. O ritmo de assimilação das crianças é mais rápido e, o teto, mais alto. Existe uma idade crítica (12 a 14 anos), a partir da qual o ser humano gradativamente perde a capacidade de assimilar línguas ao nível de língua materna. Essa perda é mais perceptível na pronúncia. Até os 12 ou 14 anos de idade, a criança que tiver contato suficiente com o idioma, o assimilará de forma tão completa quanto a língua materna.No nosso caso (brasileiros que vivem no Brasil), onde ambientes autênticos de língua e cultura estrangeira são raros, decisões a respeito do aprendizado de inglês de crianças devem ser baseadas menos na idade e mais na oportunidade. De nada adiantará colocar a criança cedo em contato com uma língua estrangeira se o modelo oferecido for caracterizado por desvios e ausência de valores culturais – é melhor esperar por uma oportunidade melhor.É grande a responsabilidade ao se colocar crianças, que ainda não atingiram a idade crítica, em clubes, cursinhos ou escolinhas que oferecem inglês. Se os instrutores tiverem uma proficiência limitada, com sotaque e outros desvios que normalmente caracterizam aquele que não é nativo, todos os desvios serão transferidos à criança, podendo causar danos irreversíveis a seu potencial de assimilação. Seria como colocar a gema bruta nas mãos de um lapidador aprendiz. Atividades que expõem a criança ao sistema ortográfico do inglês, o qual se caracteriza por extrema irregularidade e acentuado contraste em relação ao português, são prejudiciais.
Uma vez que o momento ideal de se alcançar proficiência em línguas estrangeiras é a idade escolar e, sendo bilingüismo uma qualificação básica do indivíduo na sociedade moderna, compete às escolas de ensino fundamental e médio proporcionar ambientes autênticos de language acquisition.É grande a responsabilidade do poder público em abrir urgentemente as fronteiras culturais, facilitando a vinda de falantes nativos de línguas estrangeiras através de um enquadramento legal específico e burocracia simplificada, bem como incentivando a criação de organizações voltadas a intercâmbio lingüístico e cultural e promovendo a isenção fiscal das mesmas.
Confira a pesquisa na íntegra no link:
Schütz, Ricardo. "A Idade e o Aprendizado de Línguas." English Made in Brazil http://www.sk.com.br/sk-apre2.html. Online. 24 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 16 de março de 2009
Aprendizado de idiomas é acessível a todas as idades
Uma pesquisa com 120 mil profissionais, realizada pela Catho Online em 2006, constatou que diretores de empresas que falam e escrevem fluentemente o inglês e o espanhol recebem em média salários 68% acima daqueles que não têm domínio algum de ambas as línguas.
Hoje, existem empresas que estimulam seus profissionais a aprenderem outro idioma, pagando até 80% do valor de suas mensalidades. Um exemplo deste método é a empresa Gessy Lever, que proporciona cursos de inglês e espanhol voltado exclusivamente para pessoas que atuam na área de informática.
Segundo o professor Gerson Pires, conhecido no Unasp por ser um apreciador das diversas línguas, não é preciso se deslocar a outro país para aprender um idioma. Ele comenta que atualmente a tecnologia oferece vários meios para que o estudante mantenha contato contínuo com a língua que deseja aprender, através de filmes, músicas, livros, etc. ”Para que ir a outro país a fim de manter contato com a língua se aqui temos todos os meios disponíveis para isso?”, questiona o professor.
Gerson afirma que o ensino de línguas tem sido aplicado de forma errada. Para ele, é necessário que o adulto, ao estudar uma nova língua, siga o modelo de aprendizado de uma criança. “Primeiro, se deve ouvir a pronúncia bastante clara diversas vezes para então repetir. E por fim, escrever”, lembra.
Em cada língua, as palavras possuem um significado comum e secundário. Quando uma palavra é analisada, surge na mente uma porção de idéias sobre ela. Portanto, conhecer a origem da palavra e o seu significado levará o aprendiz a ter um conhecimento mais amplo do idioma.
O professor do Instituto de Línguas do Unasp, Paulo Braz, esclarece que qualquer indivíduo pode aprender outro idioma. Porém, ressalta que na infância a facilidade para aprender é muito maior. Isso se deriva de um dispositivo na mente dos pequenos que trabalha com a parte lingüística. Tal dispositivo faz com que eles aprendam inclusive o sotaque da língua, privilégio que, por sua vez, os adultos não têm.
Cleberson Neves, também professor do Instituto de Línguas, diz que tal facilidade é chamada de período de aquisição que, prova que quanto mais jovem se inicia o aprendizado de outra língua, melhor será a pronúncia. No Unasp, campus Engenheiro Coelho, o público que mais se interessa em aprender outros idiomas são os universitários e adolescentes. Para estes, recomenda-se que estudem pelo menos meia hora por dia, caso contrário não conseguirão obter resultados.
Na infância, o professor Braz explica ser recomendável o aprendizado de no máximo três a quatro idiomas, pois uma quantidade maior pode tornar-se prejudicial. Contudo, o professor Píres diz que isso depende da capacidade de cada criança.
Outro fator que beneficia no aprendizado de outros idiomas é estudar seguindo uma seqüência lógica, como por exemplo, aprender as línguas da família neolatina, como o português, espanhol, italiano, francês. Já o inglês e o alemão, embora tenham pronúncias bem diferentes, pertencem a uma mesma família, chamada anglo-germânica. “Se você conhecer essas famílias e seguir essa lógica, terá mais facilidade”, destaca Gerson.
Waldirene Barbosa e Willian Vieira
http://abjnoticias.com/2008/09/02/aprendizado-de-idiomas-e-acessivel-a-todas-as-idades/
sexta-feira, 13 de março de 2009
Matéria da Revista Veja sobre a corrida pelo domínio do segundo idioma
A corrida pelo domínio da segunda língua
Na maioria das profissões, o domínio de um idioma estrangeiro sempre contou pontos no currículo. Antigamente, nas empresas, eram poucos os funcionários que dispunham dessa vantagem, e a eles recorriam os colegas quando precisavam traduzir uma palavra ou um texto. Esse mundo, evidentemente, ficou para trás. Falar outra língua, principalmente o inglês, tornou-se uma obrigação para quem pretende subir na vida. A novidade é que já não basta falar o idioma. A exigência nos bons empregos, agora, é que se tenha fluência ao usá-lo para conversar. Tropeçar nas palavras, gaguejar em busca da expressão correta, exibir um sotaque incompreensível – tudo isso faz parte de um tempo romântico em que era divertido falar "portunhol" com os argentinos e os americanos achavam pitoresco o esforço dos brasileiros para negociar no idioma de Shakespeare. A corrida em busca da fluência em outra língua pode ser medida pela quantidade de brasileiros que viajam para o exterior com o fim específico de estudá-la. Segundo dados da Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta), associação que reúne as principais instituições que trabalham com cursos, estágios e intercâmbio em outros países, 120 000 brasileiros viajaram com esse objetivo em 2008, contra 86 000 em 2007 e 71 000 em 2006.
O texto na íntegra você confere no link: http://veja.abril.com.br/040309/p_096.shtml
sexta-feira, 6 de março de 2009
A IMPORTÂNCIA DE UM SEGUNDO IDIOMA
"Em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado, dominar um segundo idioma deixou de ser um diferencial para se transformar em uma condição de sobrevivência. O executivo moderno deve ter plena consciência de que precisa investir no seu aprimoramento tanto profissional quanto pessoal e compreender que a responsabilidade deste crescimento é de cada um. A qualidade do seu futuro depende da qualidade das sementes que plantar todos os dias da sua vida. Todo executivo deve ter em mente que possuir a fluência na língua inglesa é tão importante que se tornou um pré-requisito à ascensão profissional e, com certeza, o maior beneficiado é o próprio profissional. Isso não é mais uma exigência das empresas, mas sim do mercado de trabalho... E por conhecerem a fundo esta dificuldade por parte dos executivos, muitas empresas já contam com um convênio com escolas de idiomas, pois sabem que seus funcionários às vezes não têm fluência em inglês mas suas qualificações são excelentes e seu perfil corresponde às expectativas da companhia. As empresas que estão procurando uma escola de idiomas para realizarem convênio devem prestar atenção em alguns pontos. Deve ser um estabelecimento que tem credibilidade no mercado, que passe confiança de que os objetivos propostos quanto ao aprendizado do funcionário sejam alcançados, que ofereça um contato direto e fácil entre os coordenadores da escola e a empresa a fim de avaliarem o andamento do aprendizado e que disponibilize relatórios freqüentes e completos para que a companhia acompanhe o desenvolvimento do funcionário. Para os executivos que trabalham em empresas que mantêm convênio com escola de idiomas, é fundamental aproveitar ao máximo este benefício, pois ele cresce profissionalmente no mercado e a empresa conta com um executivo de nível desejado, além de ver um retorno certo do investimento feito em seus funcionários. Ao estabelecerem um convênio com uma escola conceituada, as empresas têm a garantia de que os acordos realizados no fechamento do contrato serão cumpridos. Além disso, por meio do envio sistemático de relatórios, as companhias poderão acompanhar, avaliar e monitorar a evolução de seus funcionários. As companhias ainda podem contar com uma prestação de serviço de assessoria, que realiza um teste de diagnóstico aplicado tanto nos funcionários indicados para serem novos alunos da escola como em toda a organização ..."
Para ler este texto na íntegra, por favor acesse este link: http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=3894